RELEITURAS EM TEXTOS, FOTOS E DESENHOS
Introdução
Este
ensaio apresenta dois esboços.
Um
é a síntese de três documentários visuais onde se reuniu
fotografias analógicas (colorida e p&b, realizadas entre 2011 e
2017) e desenhos digitais (realizados entre 2015 e 2018) sobre o
Centro Histórico de Salvador (CHS). São imagens atravessadas pela
força histórica deste espaço que pulsa em seu cotidiano, onde
passado e presente, o visível e o não visível atuam da
subjetividade sujeito-espaço. Subjetividade está tomada aqui como
elemento central da disputa por seu uso, ocupação e transformação,
e expressa através de uma linguagem estética fotográfica e
gráfica, que buscou o deslocamento do imaginário e discursos
formados sobre espaços urbanos marginalizados ou espetacularizados
através das imagens que os tem como referente, afetando o modo como
seu cotidiano é vivido, concebido e percebido (LEFEBVRE, 2000). A
série de desenhos representa personagens deste passado, os
Ancestrais; inspirada nas pessoas que trabalhavam de ganho, nos
Cantos da cidade de Salvador até o século XIX. O Canto se
desenvolveu junto com a evolução urbana da cidade desde o período
colonial, ainda após a abolição da escravatura (em 1888). Era o
lugar onde se concentravam as Ganhadeiras e os Ganhadores, pessoas
negras, escravizadas ou libertas, que prestavam serviços de
infraestrutura da cidade, como transporte de mercadorias, água,
lixo, dejetos e também vendiam diversos produtos e alimentos.
O
outro trata de um rascunho teórico-prático realizado para uma
pesquisa1
que estuda de que maneira, a partir do século XXI, a produção e
captura da subjetividade se articulou como elemento central nas
disputas por gestão, ocupação, uso e transformação do patrimônio
urbano nas áreas centrais de valor histórico. Neste período, este
fenômeno foi identificado nos principais centros históricos da
Europa (p. ex. Lisboa, Barcelona) e do Brasil (p. ex. Salvador e Rio
de Janeiro).
O
objetivo da pesquisa é aprofundar o conhecimento sobre essa questão
produzindo novas reflexões e dados, como suporte para melhor
compreender e intervir, na interface entre as dimensões: teórico e
prática; micro e macropolíticas; imaterial e material, dos
processos de utilização, gestão e promoção do patrimônio
histórico. Este aprofundamento será feito através da análise e
descrição dos discursos e enunciados dos grupos sociais em disputa,
observados a partir da elaboração de uma cartografia-diagrama que
reunirá os dados das formulações teóricas e das pesquisas em
campo, traçando perspectivas analíticas e propositivas para a
questão.
Esboço
1:
Esboço
2
A
pesquisa de que trata este ensaio tem como premissa que, a partir do
início século XXI, a produção e captura de subjetividade é um
dispositivo central para a formulação de desejos, discursos e
ações, utilizados por diferentes grupos sociais, envolvidos nas
disputas pelo patrimônio urbano em todo mundo, especialmente nas
disputas focadas na questão habitacional. Este fenômeno foi
observado entre 2015 e 2017 durante a fase inicial da pesquisa que
estudou os acontecimentos históricos que desde a fundação da
cidade, marcaram a relação entre segregação social e as formas de
fazer cidade e urbanismo no Centro Histórico de Salvador.
O
que torna a subjetividade central nesta pesquisa, parte de sua
definição mais ampla segundo desenvolvida pelo filósofo Félix
Guattari, como sendo: “o conjunto das condições que torna
possível que instâncias individuais e/ou coletivas estejam em
posição de emergir como território existencial autorreferencial,
em adjacência ou em relação de delimitação com uma alteridade
ela mesma subjetiva” (GUATTARI, 1992, p.11). O século XXI é
tomado como marco, devido à presença determinante do chamado
urbanismo neoliberal, dentro das estruturas do poder público da
cidade e na pauta das ações deste, voltadas para o Centro
Histórico.
Esse
marco se caracteriza (entre outros aspectos) pelo uso do termo
“planejamento estratégico” como expressão tecnopolítica
fundante, que representa uma nova forma de elaboração, articulação
e comunicação dos planos de governos. Em Salvador os Planos de
Governo (desenvolvidos nos dois mandatos do atual prefeito, 2013-2016
e 2017-2019), articulam o planejamento estratégico como condição
para a possibilidade de realizações de sonhos, criando um discurso
que pretende operar na subjetividade, mas também no jogo político
que envolve suas propostas de financeirização da produção da
cidade.
No
Brasil, no final do século XX, o que mudou na abordagem patrimônio
urbano (a partir da redemocratização do país com a nova
Constituição de 1988 e a criação do Estatuto da Cidade em 2001)
foi a maior organização dos movimentos sociais em torno de pautas
mais específicas relacionadas a habitação e ao transporte,
estimulados politicamente pelos instrumentos de gestão democrática
da cidade, previstos no Capítulo IV, artigos nº 43, 44 e 45 do
Estatuto da Cidade (BRASIL, 2012, p. 26). Nos anos 1990 os movimentos
sociais entram na pauta do patrimônio quando as áreas centrais de
valor histórico, ocupadas por antigos moradores, pessoas de baixa
renda, comércio e serviços de caráter popular e informal,
começaram a ser objeto de intervenções urbanas em larga escala.
Nos
processos de segregação pesquisados, na área tombada do centro
histórico de Salvador, a captura e produção de subjetividade, se
apresenta em dois aspectos que ganham mais evidência e intensidade a
partir do final do século XX e início do século XXI, mas de forma
pontual surgem em toda história urbana da cidade e do seu centro.
Primeiro, na mobilização de resistências de antigos moradores,
contra os projetos e programas de modernização (voltados para
atividades de comércio e indústria do turismo cultural), produzidos
e implantados sem debate com as pessoas que ocupam e usam as áreas
afetadas. Estas pessoas, por sua vez, têm afirmado suas identidades
raciais, culturais e sua relação com o cotidiano do lugar, como
construtores de parte fundamental deste patrimônio, exigindo seu
reconhecimento.
Segundo,
na forma como os Governos, articulados em parcerias público-privadas,
capturam imaginários individuais e coletivos presentes no desejo de
renovação, requalificação, desenvolvimento econômico (mais
empregos, em regra), ganhando ressonância entre a população como
algo de senso comum e repetido a cada novo ciclo político-econômico.
Em geral estes ciclos têm em comum a recriação do conceito de
“decadência” quando há, apenas, uma mudança de perfil social
para o popular. Tal postura evita lidar com a responsabilidade pelo
abandono dessas áreas pelo grupo político, econômico e social que
a constituíram, que saem atraídos pelos ganhos de capital
imobiliário, abertos pelos processos de expansão urbana e de
valorização de novas áreas da cidade (como aconteceu, por exemplo,
em Salvador, no início do século XIX com a valorização dos os
bairros da Barra e Rio Vermelho em razão da abertura da av. Sete de
Setembro, e na década de 1970 com a construção do Centro
Administrativo da Bahia – CAB, na av. Paralela).
FORMULAÇÕES TEÓRICAS
1.
Em
uma entrevista que falava sobre Deleuze, Suely Rolnik disse que as
sensações diante dos textos deste autor, dependem “muito mais da
postura desde a qual o leitor exerce seu próprio pensamento.”
(ROLNIK, 2014, p. 1). E esta postura seria definida por uma posição
mais “ética, estética e política”, do que “metodológica ou
epistemológica”.
Ainda
segundo Rolnik, essas três posições, no contexto de uma postura do
pensar, é ética “porque o que a define [...] é o rigor com que
escutamos as diferenças que se fazem em nós e afirmamos o devir a
partir dessas diferenças”, é estética “porque não se trata de
dominar um campo de saber já dado, mas sim de criar um campo no
pensamento que seja a encarnação das diferenças que nos inquietam,
fazendo do pensamento uma obra de arte” e é política “porque se
trata de uma luta contra as forças em nós que obstruem as nascentes
do devir: forças reativas, forças reacionárias.” (ROLNIK, 2014,
p. 1-2)
Mariza
Peirano em uma conferência para estudantes disse que a etnografia
“não é apenas um método, mas uma forma de ver e ouvir uma
maneira de interpretar, uma perspectiva analítica, a própria teoria
em ação” (PEIRANO, 2088, p. 3).
Entre
o as posições éticas, estéticas e políticas pessoais que levo
para esta pesquisa através do seu objeto, do seu objetivo e do
referencial que seleciono para coleta e interpretação dos dados, há
o desejo de que essa seja veículo de uma “teoria em ação”.
Deste modo se colocou o problema de como cartografar disputas pelo
patrimônio urbano, especialmente aquelas do campo subjetivo que não
têm forma, cor e nem cheiro, mas que estão ali movimentando forças
de subjetivação.
Para
responder a este problema, estendo a não esquerda2
paras aulas terapêuticas da disciplina Narrativas Etnográficas
Urbanas, ministradas pelo prof. Milton Júlio de Carvalho Filho3,
e a direita para o texto “Etnografia, ou a teoria vivida” de
Mariza Peirano (recomendado por ele), onde ela diz que todos “podem
fazer etnografia” e que mesmo que nem todos sejam etnógrafos, “a
todos é desejável uma ‘perspectiva etnográfica’ ”. Com este
amparo inicial entro no campo das ferramentas de etnográficas de
pesquisa e nas suas potencialidades narrativas.
2.
Ao
refletir sobre como articular na etnografia urbana a relação
intrínseca entre a parte e o todo da cidade estudada, a antropóloga
Graça Cordeiro diz que “a complexidade das sociedades
contemporâneas só pode ser entendida através de um cruzamento de
perspectivas disciplinares” (CORDEIRO, in: CORDEIRO; BAPTISTA;
COSTA, 2003, p. 12). A partir deste ponto ela coloca uma série de
questões que uso aqui como espelho para sondar algumas perspectivas
etnográficas para a pesquisa.
Como
segmentar a subjetividade? Como relacionar uma dada subjetivação
(constituição da subjetividade individual) com outras e com a
subjetividade mundo (coletiva)? Como relacionar o sujeito na
sociedade/ cidade/ mundo envolvente? Como identificar unidades de
análise pertinente para a pesquisa? Como lidar com as diferentes
escalas de observação e de análise?
Essa
última é a mesma pergunta de Cordeiro, e é onde, talvez, a
multidisciplinaridade oriunda da arquitetura e do urbanismo seja um
diferencial positivo, pela familiaridade com os domínios da vida
social urbana. Mas só será, se não se prender a uma determinada
fórmula de fragmentação da cidade. Seja está como a que Cordeiro
diz ter sido sugerida por Ulf Hannerz (lar e parentesco,
abastecimento, lazeres, vizinhanças e trajeto), ou outra qualquer,
para não trocar o postulado urbanístico da Carta de Atenas
(habitação, lazer, trabalho e circulação) por algum
antropológico. Deixa-se, portanto, que a própria pesquisa defina as
escalas de observação para não correr outro risco, segundo
Cordeiro, que é o de adotar “a sua própria escala de percepção
como idêntica à escala da vida quotidiana” dos indivíduos que
estão no cerne da pesquisa (CORDEIRO, in: CORDEIRO; BAPTISTA; COSTA,
2003, p. 14-15).
Outro
aspecto para ter atenção com as formas de se referir à cidade é a
que trata da “construção de uma ou várias imagens” (BAPTISTA,
in: CORDEIRO; BAPTISTA; COSTA, 2003, p. 38) acerca dos grupos sociais
e/ou dos indivíduos que nela vivem. Este cuidado sobre o qual o
sociólogo Luís Baptista, chamou a atenção, já foi objeto de
outra pesquisa que desenvolvi entre 2011 e 2017, no Centro Histórico
de Salvador. Tratava-se da criação de uma linguagem estética
fotográfico que promovesse o deslocamento do imaginário e dos
discursos formados sobre espaços urbanos marginalizados ou
espetacularizados através das imagens que os tem como referente,
afetando o modo como seu cotidiano é vivido, concebido e percebido,
e alimentando discursos e estratégias dos poderes que atuam sobre a
cidade.
Seguindo
nesta mesma linha de raciocínio, Baptista chama a atenção para a
questão do jogo de poder sobre a cidade e seus modos de configuração
e reconfiguração da mesma, e que é central nesta pesquisa. Poderes
que dão a cidade a forma “mais vantajosa” seja pela imagem que a
simula, seja na configuração efetiva do seu espaço, mas que não
são apenas poderes absolutos, podendo ser poderes de “conflito e
de partilha” da cidade. Estes poderes estão presentes nas
“dinâmicas sociais” e nas relações que as agenciam
(familiares, profissionais, consumo).
Batista
conclui em seu texto sobre “Territórios, imagens e poderes” que,
no território “enquanto espaço firmando de relações sociais
[...] nem sempre as coisas que existem e se revelam materialmente”
do mesmo modo diz que “nem sempre a forma de as localizar [as
relações sociais no espaço] se resume ao recurso de uma
cartografia.” (BAPTISTA, in: CORDEIRO; BAPTISTA; COSTA, 2003, p.
41). Trazendo essa problemática para o âmbito multidisciplinar
sugerido por Cordeiro, é que introduzo a noção de
cartografia-diagrama como espaço virtual de expressão dos poderes
que agenciam as redes de relações sociais, que se estabelecem
direta ou indiretamente no espaço da cidade.
3.
Em
um texto sobre “A etnografia contemporânea” inserido em uma
análise mais ampla da etnografia como um modo de olhar a diversidade
social e cultural, o etnógrafo Juan Pujadas traz a ideia de uma
antropologia dialógica como ferramenta que melhor “configura a
experiência etnográfica.” (PUJADAS, in: PUJADAS [coord], 2010, p.
58). A relação dialógica com o campo seria, portanto, uma das
alternativas para que a prática etnográfica “seja, ao mesmo
tempo, antiautoritária e crítica”, e mais sensível aos
“fenômenos sociais, demográficos e econômicos” (PUJADAS, in:
PUJADAS [coord], 2010, p. 65). A cartografia-diagrama seria umas das
respostas possíveis para dar conta dessa relação dialógica e a
Análise de Redes Sociais seria a ferramenta de partida para dar
suporte a esta cartografia antiautoritária, crítica e mais
sensível, embora estruturada a partir da autoridade do etnógrafo.
A
Análise de Redes Sociais (ARS) é uma ferramenta oriunda dos métodos
de investigação de campo, da pesquisa etnográfica na Antropologia,
considerada como estratégia metodológica e analítica que demonstra
as sínteses realizadas na pesquisa. Segundo Pujadas (2010,
p.111-112), o uso dessa ferramenta parte de dois pressupostos que
orientam sua elaboração: “as instituições não cobrem todo o
campo de relações sociais dentro de uma determinada estrutura
social; os indivíduos conservam espaços de autonomia nas relações
interpessoais que desenvolvem ao longo de sua vida”. Outra
característica é que a base a partir da qual se elabora a ARS, se
expressa como diagrama onde são postos, ligados, associados e
classificados em categorias, os elementos que compõem a Rede Social
em estudo.
Exercício
prático: diagrama das práticas do poder no espaço
A
cartografia-diagrama, é onde o espaço virtual das relações
sociais é mapeado no que tange sua potência de máquina abstrata,
expondo as forças que constituem o jogo de poderes a partir das
possibilidades apresentadas pelos sujeitos sociais implicados e pelas
análises realizadas. O objetivo analítico da pesquisa é descrever
em que consiste, como funciona e como se articulam os indivíduos,
inseridos ou não, institucionalmente, em torno de uma questão-chave
(ou palavra-chave). Esta é colocada no centro da rede como
disparador das ramificações que o diagrama assumirá a cada nova
inserção, que a guiará para novas associações.
A
análise é extraída através da configuração que o diagrama
apresenta. A desenho diagramático em curso, articula ferramentas
tecnopolíticas e etnográficas em uma cartografia-diagrama dos jogos
de poder e de forças. Os primeiros resultados apontam para: o jogo
do poder; hierarquias que se enunciam nas disputas; a mediação dos
meios de comunicação dentro das disputas; o nível de engajamento
aferido pelas ações ou omissões dos movimentos e sujeitos sociais;
os projetos pautados pelo Estado e Município sem consulta pública,
mas com veiculação na mídia.
O
desenho da rede social tem como base dois momentos: a definição de
um filtro de notícias usando ferramentas digitais simples como
Google Alerts4
sobre uma determinada palavra-chave que expresse um elemento central
ou objeto da pesquisa. Por exemplo, pode-se criar um alerta que
contenha palavras-chave, como “Comércio” ou “Ladeira da
Conceição da Praia”, que são áreas dentro do Centro Histórico
de Salvador onde, desde o início deste século têm surgido de forma
recorrente nos discursos que enunciam projetos que colocam a disputa
pelo patrimônio urbano, material e imaterial; segundo no desenho da
cartografia-diagrama que apresenta graficamente as relações entre
os sujeitos implicados.
Para
desenho do diagrama de redes sociais foi usada a ferramenta FreeMind,
um programa gratuito, de código aberto (open source) para
criação de mapas metais. O diagrama pode ser distinguido entre
Redes Sociais Totais (uma primeira aproximação geral) e Redes
Parciais (um detalhamento de um dos “nós” da Rede Total) e,
dentro dessas redes, os graus de conectividade e graus de intensidade
das relações entre os sujeitos. Cada sujeito é identificado
segundo atributos como: amigos, vizinhos, membros de uma instituição,
colegas de trabalho, grau de parentesco (PUJADAS, 2010).
Dentro
da formulação analítica a Rede por ser organizada em torno de
instituições sociais (família, compadres, amigos), instituições
políticas/econômicas (partidos, organizações, associações,
fundações), a partir das quais são analisadas as relações de
poder e hierarquia. Na pesquisa são analisados também os discursos
enunciados pelos sujeitos que se apresentam para compor a
cartografia-diagrama a partir da coleção de notícias.
A
partir da montagem processual de um diagrama em torno de notícias
sobre as intervenções mais recentes propostas para o Centro
Histórico da cidade, já pôde ser identificado um jogo de poder
caracterizado, a priori, por quatro momentos: primeiro a sondagem
(notícias na mídia de um determinado projeto); segundo a reação
(de setores da sociedade, ligados ao tema do projeto); terceiro a
discussão (debate indireto onde a mídia aparece como mediadora); e
quarto a realização de encontros fechados com alguns atores
institucionais para discussão do projeto em questão, forjando um
debate simbólico através da mídia sem acionar a comunidade local
das áreas afetadas. No decorrer desse jogo foi possível analisar:
as hierarquias de poderes interinstitucionais; a atuação das mídias
como disparador e mediador de um debate forjado; o papel da mídia na
aferição de adesão e/ou rejeição aos projetos pautados pelo
estado-capital.
O
momento seguinte (que se aguarda) seria o de debate com a sociedade
dos projetos de interesse público que estão sendo propostos. Desde
modo, a cartografia-diagrama em processo, não encerra e nem remete a
um conteúdo específico e fechado. Sua expressão dá lugar a outras
formulações de uma ideia, uma política, uma disputa, uma
articulação ou uma realidade por vir.
Referências
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G.; BATISTA, L.; COSTA, F. (org). Etnografias
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GUATTARI,
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Trad. Doralice Barros Pereira e Sérgio Martins (do original: La
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2008, Disponível em:
<http://journals.openedition.org/pontourbe/1890> ; DOI :
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Juan. La etnografia contemporánea. In: PUJADAS, J. (coord).
Etnografia.
Barcelona: Editorial UOC, 2010. p. 54-66
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Analises de las redes sociales. In: PUJADAS, J. (coord). Etnografia.
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Territórios da Filosofia, postada em: 23/06/2014. Disponível em:
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Assimetrias e (in) visibilidades: vigilância, gênero e raça.
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VALLADÃO,
Solange. Portal de Santa Luzia. Uma alegoria para a relação
entre segregação social e as formas de fazer cidade e urbanismo no
Centro Histórico de Salvador. 200 f. il. (versão e-book) 2017.
Dissertação (mestrado) – Faculdade de Arquitetura, Universidade
Federal da Bahia.
VÍDEO
ROLNIK,
Suely (entrevista). Projeto Narciso no Espelho do Século XXI:
Subjetividade contemporânea e a crise da identidade moderna.
São Paulo, 2017. Vídeo (1h 28min 03s), som, cor. Disponível em:
<https://youtu.be/GjsRiQB_5DY>. Acesso em: 06/08/2018.
1Pesquisa
de Doutorado em Arquitetura e Urbanismo no PPG-AU/FA-UFBA,
intitulada “A produção de subjetividade como elemento central
nas disputas por patrimônio urbano, a partir do século XXI: o caso
de Salvador-BA”, sob a orientação das professoras Juliana Nery e
Ariadne Moraes.
2Sou
canhota, o que torna para mim ser de esquerda, uma questão
político-biológica.
3Professor
Associado do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof.
Milton Santos - IHAC, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Antropologia
da UFBA, e do Mestrado Profissional em Segurança Pública da UFBA.
Fonte: Currículo Lattes.
4Google
Alerts é um serviço do Google que retorna resultados de uma
pesquisa à caixa de e-mails do usuário, sempre que for encontrada
nova citação de um termo pré-determinado. Fonte: Wikipedia.
Google Alerts,
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Google_Alerts&oldid=41637837.